Convidamos a todos ao amor, à fraternidade, ao olhar interior, à paz, alegria e aos sorrisos vastos e fartos como cócegas de luz à lucidez do viver! Que Jesus os abençoe!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Mãos

"... Mostrou-lhes as suas mãos..." - (JOÃO, 20:20.)

Reaparecendo aos discípulos, depois da morte, eis que Jesus, ao se identificar, lhes deixa ver o corpo ferido, mostrando-lhes destacadamente as mãos...
As mãos que haviam restituído a visão aos cegos , levantado paralíticos, curado enfermos e abençoado velhinhos e crianças, traziam as marcas do sacrifício.
Traspassadas pelos cravos da cruz, lembravam-lhe a suprema renúncia.
As mãos do Divino Trabalhador não recolheram do mundo apenas calos do esforço intensivo na charrua do bem. Receberam feridas sanguinolentas e dolorosas...
O ensinamento recorda-nos a atividade das mãos em todos os recantos do Globo.
O coraçao inspira.
O cérebro pensa.
As mãos realizam.
Em toda parte, agita-se a vida humana pelas mãos que comandam e obedecem.
Mãos que dirigem, que constroem, que semeiam, que afagam, que ajudam e que ensinam... E mãos que matam, que ferem, que apedrejam, que batem, que incendeiam, que amaldiçoam...

Todos possuímos nas mãos antenas vivas por onde se nos exterioriza a vida espiritual.
Reflete, pois, sobre o que fazes, cada dia.
Não olvides que, além da morte, nossas mãos exibem os sinais da nossa passagem pela Terra. As do Cristo, o Eterno Benfeitor, revelam as chagas obtidas na divina lavoura do amor. As tuas, amanhã, igualmente falarão de ti, no mundo espiritual, onde, interrompida a experiência terrestre, cada criatura arrecada as bênçãos ou as lições da vida, de acordo com as próprias obras.
Emmanuel do livro Fonte Viva p. 397-398

Transformação

Na mensagem intitulada "Transformação", do livro Vinha de Luz, psicografado pelo médium Chico Xavier, Emmanuel, no trecho final, nos diz: "Ninguém parte ao chamado da VidaEterna senão para transformar-se.
Morte do corpo é crescimento espiritual.
O túmulo numa esfera é berço em outra.
E, como a função da vida é renovar para a perfeição, transformemo-nos para o bem, desde hoje."
Prestando um pouco mais de atenção no cotidiano dos dias, podemos, claramente, perceber o quanto a vida é dinâmica em si mesma. Nada permanece estático. Fazemos, às vezes, força para ficarmos parados; o convite, no entanto, é sempre ao crescimento, aperfeiçoamento constante.
A natureza nos mostra isso, a todo momento. Não é necessário esperar a morte do corpo físico para nos transformarmos; mesmo porque, Kardec nos demonstrou essa realidade através da codificação espírita. O relato dos inúmeros espíritos que se manifestaram, àquela época, deixou bem claro – após a morte, permanecemos tais quais somos (ou éramos). Igualmente, hoje temos acesso a esse fato, através das comunicações mediúnicas sérias.
Assim, desse modo, não nos nascem asas ao desencarnarmos. Se quisermos chegar ao plano espiritual harmonizados, equilibrados e não tão perturbados, comecemos a nos empenhar desde agora. Lembremos que isso representa conquista; jamais um privilégio. 
 
Fonte: http://dimensoes-espiritismo.blogspot.com/2009/02/transformacao.html
 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

PEREGRINO

        
          O Servo do Senhor te saúda em paz e pela paz aqui campinamos.
          Campineiros do Mestre Jesus, seguimos a sua orientação, o seu caminho de peregrino pelo simples ato de peregrinar. As peregrinações não são tão simplórias assim. Há de se ter força nos pés, convicção. Ter os olhos despidos de preconceitos porque ao caminhar encontraremos diversidades de mundos e todos eles pertencem a um mesmo Pai, existem a um mesmo fim: achar a luz.
          O peregrino, em sua candura, tendo suor escorrido pelos olhos pela força de sua vontade é um servo do Senhor. Pega o cajado de madeira, a forquilha em que segura e atenua suas pegadas, e procura mapeando com a vivência dos pés, o melhor solo para sentar-se e plantar, arar a terra com a luz vindoura da constelação celeste. Quando um peregrino caminha, ele está disposto a pegar sol, a pegar chuva, vento e tempestade. Ele se dispõe a viver o que o caminho lhe der, não fica escolhendo demais, apenas pede forças ao Cristo, a Deus que o gerou e segue em sua fé, caminhante em busca de lugarejos onde possa se refastelar com o dom da natureza – a água límpida, o sol brilhante. E quando nestes lugares chega, finca o pé. E aí então é que começa uma nova jornada. Fincar o pé é descobrir os entrecaminhos daquela passagem, meus filhos. Fincar o pé é caminhar sobre as pedras, atravessá-las, correr de escorpião que fica na espreita na fresta das pedras e saber se curar do veneno caso for picado porque um bom peregrino tem o maior e melhor remédio de que pode dispor – a Deus e a sua fé constante. É nela que tem que se agarrar, se valer, fazer valer o dia de sol ou de chuva que enfrentou. O peregrino sabe que tudo é passageiro. Ele chora também, ele sofre, ele clama, se revigora com os raios de sol após uma noite fria e escura, filha, mas nunca reluta e se entrega fácil à desistência ou à teimosia. Teimosia de peregrino é perseverança. Perseverança e fé e ele deixa que isso p conduza. Nessa condução ele realiza a rota da vida, da vida alegre com Jesus.
          Não meçam o quanto hão de caminhar, nem por onde. Deixem que seus corações os guiem, pois só esse recebe o afeto guardado do raio de luz dado por Jesus à tua semente. Semelhança com o Pai, Criador e criatura, almejando brilhar, regozijar da fartura de luz, assentam-se em trabalho.
          Trabalho de fé e calmaria, porque nada com pressa sucede, filha. Trabalho com luz é igual garimpo na serra que nego velho trabalhou. Tira muita sujeira, poeira que só serve para atrapalhar os olhos, tira pedaço de pedra bruta cheio de pedaços de outras pedras à volta e aí então é que pega a ferramenta, o martelinho e se esculpe, se tira, se faz a cirurgia da pedra, tira o que tem dentro, que é a pedra azul, vermelha ou amarela; é a pedra mais importante da mineração, a essência que vem da terra. Por isso meus filhos, quando forem garimpar, sigam o coração com intento a Jesus, igual ao nego velho, devagar filhos, sem aflição, mas com firmeza nas mãos, seja segurando um torete de madeira, um toco ou um cajado. Adestrem mais a vontade a fim de sentir melhor o que vem a ser a simplicidade do apelo do Cristo.
          Cristo não tinha nada de material, meus filhos e salvou a humanidade, a todos nós, ele era o enviado. E todos nós somos seus filhos, enviados por ele, também não precisamos da materialidade, precisamos do coração porque quando o coração é cordial, o corpo sente e agradece o gesto de bondade seus e de misericórdia do Pai em agraciar um encontro de luz.
           Vai peregrinando, seguindo Jesus, mas não precisa esconder os seus olhos de si mesmos. Busquem a sabedoria de saberem lidar consigo mesmos, com seus probleminhas, artíficies da vida moderna, artíficies da angústia da alma, velejadores de barcos distantes, carrancudos. Procurem conhecer a si mesmos, assim caminham com os olhos mais abertos sem os véus da maldade, da ilusão, da vaidade, arrogância, desconfiança dentre tantas outras coisas que ocupam lugar no espírito ao invés dos olhos puros da luz.
          Peregrinem meus filhos, com mais amor e esperem nos refolhos da alma, o congraçamento com a força do Divino Salvador. Ele lhes responderá.
          Que a fé de Jesus Cristo esteja com vocês.
          Nego velho se despede pedindo paz e luz às estrelas do céu para lhes conduzir.
         Que as Três Marias benditas tenham a força do raio do manto da Mãe Suprema sobre seus filhos encarnados na face da mãe Terra.

Um amigo

16 de dezembro de 2010

A CRUZ


       
          O eixo vertical leva-te à luz, o eixo horizontal leva-te ao destino. Destino o qual traças em completa corrigenda por tuas atitudes passadas - mordazes ou salutares, existirão sempre em ressonância no teu porvir. O eixo vertical eleva-te a face, cumpre o legado que a Divindade te retransmitiu. Valorizar a dulçurosa gaia mão não limita teus pés. Enxameia teu ser de brilhos de luz, sensatos, benignos, provenientes de tua fé e de teus acertos. Em determinados momentos, há de se concentrar adiante, no eixo horizontal – o que nutre valiosamente teus passos – paradigmas conflituosos exasperam-te, porém calorosa luz aguarda-te no regaço do Mestre por atravessares esta estrada. Dulcificas os olhos, os odores, os valores, a percepção. Realizas o eixo da cruz em teu caminho.
          Caminhar junto à cruz compreende sentires também esta forma em teu ser, em tua vivência. Conexão ampla com o Alto, conexão plena com o presente e o porvir.
          Adiante, andarilhos, de pés descalços na relva fresca, no amargor dos dias ou no fulgor das horas, adiante, sigam! Pés conduzem-te em moradas particulares. Pés conscienciais – estes, alinham-te ao eixo vertical – esta é a cruz que aprumas em teu ser nas lutas com convicção de fazeres novos momentos. Santifique esta cruz como elemento sagrado de salvação. O orgulho dito santo é daquele que cumpre seu dever perante as pradarias do Mestre.
         Ter honras de amor, fazer juz à luz porque percorreu qual cavaleiro andante, em brava coragem, destemido, sem desassossego perante ao que possa encontrar, mas sereno por ali estar a segurar a sua cruz ao invés da lança e jorrar em prantos, palavras ao Alto: Mestre, faz-me teu guerreiro, teu obreiro – encantador em benécias, auxiliador de tuas obras.
         Caminhe com prudência a resgatar o discurso exaltado pela vontade e sigas assim o teu destino – caminhar nos verdes prados de Nosso Senhor Jesus.
          A cavalaria desmonta e, em gesto de humildade e fé, encoraja-se e agradece ao Pai Supremo - Deus Celeste das abóbadas serenas celestiais.
          Em nome do Pai, Filho, Espírito Santo. Amém.
          Em cruz, agradeço. Em cruz me despeço. Aqui, encontra-se um filho teu, Senhor.
          Polarize a luz em tuas nações, meu Senhor, perpetue o bem celeste em todos os corações.
Teu servo da Cruz.

Um amigo.

11 de novembro de 2010