Convidamos a todos ao amor, à fraternidade, ao olhar interior, à paz, alegria e aos sorrisos vastos e fartos como cócegas de luz à lucidez do viver! Que Jesus os abençoe!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Mais uma morada do Cristo, de Maria Modesto Cravo

Meus filhos na carne,

A Doutrina de Jesus, bendita e santa, trouxe-nos a lucidez das verdades espirituais. Quis o excelso Mestre que dispuséssemos as nossas vidas em direção do amor porque sabia ser a única condição plausível para o desenrolar das atividades de enobrecimento do planeta Terra. Sem o amor, deveras o homem encontraria guarida no seio do orbe, pois tudo, sem exceção, conspira para o amor. Tudo, sem exceção, existe pelo amor. O amor é, portanto, a mola propulsora do desenvolvimento espiritual sem o qual qualquer esforço não terá qualquer sentido.
Ao eleger o amor como ponto central de sua doutrina, Jesus inferiu, por conseqüência, que todas as ações humanas deveriam buscar, a princípio, como foco existencial, a sua prática irrestrita. O “amai uns aos outros” é seu mandamento maior, pois na compreensão humana de sua permanência entre nós, deveríamos todos nos concentrarmos em realizar o nosso aperfeiçoamento concretizado na conquista interior deste sentimento como indicador principal da evolução espiritual. Se já deténs o amor é sinal que estás no caminho certo da sua redenção espiritual e, caso ainda não houve este avanço interior, seria este o diferencial pelo qual deve se inclinar a sua preocupação individual para conquistá-lo.
Quando é escolhido, nesta quadra existencial humana, o amor como a bandeira dos movimentos transformacionais do planeta, é porque se possui a noção exata que, se pelo menos ele não é compreensível na sua totalidade, consegue-se perceber nele a síntese inigualável para adentrarmos na Nova Era do Espírito.
Aos espíritas, companheiros de ideal do cristianismo redivivo, cabe, por uma questão de coerência doutrinária até, eleger o amor como o único e mais importante compromisso dos seus currículos pedagógicos, uma vez que deveras será interessante adentrar-se nos conhecimentos espirituais estando pobre no amor ao próximo e a si mesmo.
Meus filhos, a bandeira escolhida pelo Cristo deve ser hasteada na maior das alturas das casas espíritas: exatamente no coração de seus freqüentadores. É lá – e somente lá – que conseguiremos mudar comportamentos e posturas, transformar conhecimento em ação, sensibilidade em sentimento.
A conquista humana na nova era, anunciada por Jesus, se dará no instante que escolhermos o amor como a prioridade verdadeira das nossas vidas e não apenas um eufemismo ou artigo depurado para discurso nas nossas tribunas espiritistas.
Refaçam vossos currículos pedagógicos, redefinam o caráter das atividades desenvolvidas nas suas casas, recriem espaços existentes, transformando-os em fóruns de discussão e vivência do amor. Percebam que todas as funções derivadas das casas espíritas não fazem sentido algum se não convergirem para a proposta solidificadora do amor.
O que trago não é nada de novidade, nada que a lógica individual e coletiva não aceite como ponto pacífico de discussão, a diferença é que agora, mais do que nunca, o verbo estéril deverá dar lugar à atitude refazente do amor ao próximo. São atitudes que priorizamos. São demonstrações inequívocas no dia-a-dia, sem subterfúgios ou desculpas.
Será o amor a única credencial aceitável na Era do Espírito que, em realidade, já se iniciou com o advento da Doutrina Espírita há mais de 150 anos pelas mãos lúcidas do senhor Allan Kardec, o pedagogo do espírito por excelência.
Nesta ocasião, dia em que se abrem as portas de mais uma casa do Cristo, nos solidarizamos pela coragem e destemor de um grupo de pessoas idealistas na causa, mas que sabem, no fundo, que a jornada é longa e penosa e não seria diferente se não fosse uma casa de serviço do Cristo. Nesta morada nova, conclamamos a todos para que, efetivamente, tragam a bandeira do amor desfraldada na maior das alturas e que seja ela que anuncie a Nova Era do Espírito almejado por tantos, daí a nossa alusão à esperança como elemento aglutinador das energias humanas nestes novos tempos.
Nós que fazemos o Hospital Esperança nos enchemos de alegria por vislumbrar mais um campo de atuação no soerguimento de irmãos que se distanciaram da sua luz interior, do seu princípio divino.
Hosanas ao Alto pelas oportunidades benditas do trabalho.
Ave Cristo! Por podermos ser convidados a lavrar em sua seara bendita. Que nossas atitudes de amor sejam uma demonstração da nossa vontade de melhoria interior.
Faça-se, Senhor Jesus, a tua vontade em nossas vidas.
Seja, enfim, plantado no coração dos homens e mulheres de Deus a esperança de um mundo melhor ancorado na vivência absoluta do amor.
Ave Cristo!

Texto recebido por Carlos Pereira em 6 de agosto de 2008, no Grupo Espírita Esperança.

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