Convidamos a todos ao amor, à fraternidade, ao olhar interior, à paz, alegria e aos sorrisos vastos e fartos como cócegas de luz à lucidez do viver! Que Jesus os abençoe!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Oração de Agradecimento – Amália Rodrigues e Divaldo Franco

AGRADECEMOS-TE SENHOR, PELA GLÓRIA DE VIVER
PELA HONRA DE AMAR!
MUITO OBRIGADA SENHOR, PELO QUE ME DESTE, PELO QUE ME DÁS!
MUITO OBRIGADA PELO PÃO, PELO AR, PELA PAZ!
MUITO OBRIGADA PELA BELEZA QUE MEUS OLHOS VÊEM
NO ALTAR DA NATUREZA!
OLHOS QUE FITAM O AR, A TERRA E O MAR.
QUE ACOMPANHA A AVE FAGUEIRA QUE CORRE LIGEIRA PELO CÉU DE ANIL,
E SE DETÉM NA TERRA VERDE SALPICADA DE FLORES
EM TONALIDADES MIL!
MUITO OBRIGADA SENHOR PORQUE EU POSSO VER O MEU AMOR!
DIANTE DE MINHA VISÃO, PELOS CEGOS, FORMULO UMA ORAÇÃO.
EU SEI QUE DEPOIS DESTA LIDA, NA OUTRA VIDA,
ELES TAMBÉM ENXERGARÃO!
OBRIGADA PELOS MEUS OUVIDOS QUE ME FORAM DADOS POR DEUS.
OUVIDOS QUE OUVEM O TAMBORILAR DA CHUVA NO TELHEIRO,
A MELODIA DO VENTO NOS RAMOS DO SALGUEIRO,
AS LÁGRIMAS QUE CHORAM OS OLHOS DO MUNDO INTEIRO.
DIANTE DE MINHA CAPACIDADE DE OUVIR, PELOS SURDOS, EU TE QUERO PEDIR;
EU SEI QUE DEPOIS DESTA DOR, NO TEU REINO DE AMOR,
ELES TAMBÉM OUVIRÃO!
MUITO OBRIGADA SENHOR PELA MINHA VOZ
MAS TAMBÉM PELA VOZ QUE CANTA, QUE ENSINA , QUE ALFABETIZA;
QUE CANTA UMA CANÇÃO E TEU NOME PROFERE COM SENTIDA EMOÇÃO!
DIANTE DA MINHA MELODIA QUERO TE ROGAR PELOS QUE SOFREM
PELOS QUE SOFREM DE AFASIA, PELOS QUE NÃO CANTAM DE NOITE
E NÃO FALAM DE DIA.
EU SEI QUE DEPOIS DESTA DOR, NO TEU REINO DE AMOR,
ELES TAMBÉM CANTARÃO!
MUITO OBRIGADA SENHOR PELAS MINHAS MÃOS!
MAS TAMBÉM PELAS MÃOS QUE ORAM, QUE SEMEIAM, QUE AGASALHAM.
MÃOS DE AMOR, MÃOS DE CARIDADE E SOLIDARIEDADE.
MÃOS QUE APERTAM AS MÃOS. MÃOS DE POESIA,
DE CIRURGIA, DE SINTONIA, DE SINFONIA, DE PSICOGRAFIAS…
MÃOS QUE ACALENTAM A VELHICE, A DOR E O DESAMOR!
MÃOS QUE ACOLHEM AO SEIO DO CORPO, UM FILHO ALHEIO, SEM RECEIO.
PELOS MEUS PÉS, QUE ME LEVAM A ANDAR SEM RECLAMAR.
MUITO OBRIGADA SENHOR, PORQUE POSSO BAILAR!
OLHO PARA A TERRA E VEJO AMPUTADOS,
MARCADOS, DESESPERADOS, PARALISADOS…
EU POSSO ANDAR!!! ORO POR ELES.
EU SEI QUE DEPOIS DESSA EXPIAÇÃO,
NA OUTRA REENCARNAÇÃO, ELES TAMBÉM BAILARÃO.
MUITO OBRIGADA SENHOR, PELO MEU LAR!
É TÃO MARAVILHOSO TER UM LAR…NÃO IMPORTA SE ESTE LAR É UMA MANSÃO,
UM BANGALÔ SEJA LÁ O QUE FOR!
IMPORTANTE É QUE DENTRO DELE EXISTA AMOR.
O AMOR DE PAI, DE MÃE, DE MARIDO E ESPOSA,
DE FILHO, DE IRMÃO…
DE ALGUÉM QUE LHE ESTENDA A MÃO,
MESMO QUE SEJA O AMOR DE UM CÃO,
POIS É TÃO TRISTE VIVER NA SOLIDÃO!
MAS SE NÃO TIVER NINGUÉM PARA AMAR, UM TETO PRA ME ACOLHER,
UMA CAMA PARA ME DEITAR… MESMO ASSIM, NÃO RECLAMAREI,
NEM BLASFEMAREI. SIMPLESMENTE DIREI:
OBRIGADA SENHOR, PORQUE NASCI.
OBRIGADA SENHOR, PORQUE CREIO EM TI.
PELO TEU AMOR, OBRIGADA SENHOR!


Mensagem de Eurípedes Barsanulfo

“Não basta querer saber, é necessário viver a nossa crença, isto é, fazer penetrar na prática cotidiana da vida os princípios superiores que adotamos.”
São palavras de Léon Denis que estão registradas no seu livro “O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR”
Não basta crer nem saber – crer e saber, os dois estágios avançados da fé. O crer é o primeiro estágio. O saber é o estágio definitivo em que não apenas acreditamos em algo, em que não apenas temos fé em alguma coisa, mas, sim, sabemos. Temos a certeza por uma experiência pessoal, intransferível.
Sabemos.
Não basta crer nem saber – os dois estágios ainda não são suficientes para que alguém possa estar na plenitude do testemunho cristão.
É mais do que isto, conforme enfatiza Léon Denis – é necessário viver. Viver a nossa crença, fazer penetrar na prática cotidiana da vida os princípios superiores que adotamos. Aí sim, teremos aliado a certeza, o saber, a fé, enfim lúcida, racional com a ação, com a conduta, com a vivência.
Isto, meus filhos, é a condição “sine qua non” de uma Casa Espírita: a parte teórica e a vivência. A vivência como um todo na própria coletividade da Casa e de cada um “per si”.
De cada um daqueles que a constituem, que representam, no plano físico, a diretoria material, representante daquela outra existente no plano espiritual que assessora, orienta, direciona, inspira, sustenta.
Essa vivência, o testemunho de cada dia é realmente a parte decisiva que vai conferir maturidade o grupo, à Casa.
Os alicerces materiais podem já estar estruturados, a Casa Física pode até mesmo já estar construída, acabada, no seu aspecto físico, mas a Casa Espiritual se constrói dia a dia, diuturnamente, nessa vivência que deve ser aquela que o evangelho do Cristo nos aponta e que doutrina espírita revivescer.
Então surgem as dificuldades.
Todos vocês, todos nós, não ignoramos essas dificuldades, nós as conhecemos e sabemos quão difícil é, muitas vezes, vivenciar numa equipe lado a lado e vencer os percalços, as idiossincrasias, as querelas que surgem, que despontam aqui e ali por força das circunstâncias, por força das nossas próprias falhas humanas, dos nossos pontos deficientes, nas arestas que necessitamos burilar.
Portanto, meus filhos, o amor deve ser a base, a estrutura, a argamassa em que se levantam as paredes, tijolo por tijolo no plano espiritual – na argamassa do amor para que cada tijolo que for colocado, assentado, seja realmente representativo desse sentimento.
A tolerância, a compreensão, a solidariedade, o caminhar junto, aprender a ouvir o outro, respeitar, a ética – são expressões do amor, que se manifesta de uma forma ou de outra. E a caridade, a caridade por excelência tudo isso, são expressões que devem existir e caminhar a cada momento, como a fé que existe em nós, esta certeza a se consubstanciar materialmente no dia-a-dia.
Os percalços existem, existirão, surgirão, porém, se houver amor, se houver o sentimento da caridade, o velho sentimento da caridade, saberão vencer, superar e prosseguir.
Estejam certos que Léon Denis está realmente acompanhando, inspirando e orientando essa trajetória que ora se inicia.
É bom assim, meus filhos, que ela se inicie simplesmente, humildemente, o número não importa, a qualidade, o sentimento, as intenções, isto sim, é que conta realmente.
É preferível caminhar agora de uma pequena semente do que tentar começar com algo maior, talvez grandioso para as aparências mundanas mas que repreende apenas uma imagem falsa, numa aparência que se diluiu ao contato das dificuldades que surgem a cada momento.
Começar do começo, começar anonimamente, talvez, para que se projete no futuro, porque o nome de Léon Denis é, por si só, um farol a iluminar as trevas. E a casa que surge com este nome representará o seu patrono no plano físico.
Que vocês possam fazer da melhor forma possível, caminhando com amor, de mãos dadas, com compreensão. Ah, como necessitarão de exercitar tudo isto dia a dia, hora a hora, minuto a minuto. Mas conseguirão, por que já trazem uma folha de serviços e já estão com o Ideal Maior a norteá-los.
Jesus muito espera do bom trabalhador.
São os trabalhadores das horas últimas, são aqueles que vêm e vêm cumprir uma jornada que irá representar talvez mais do que os que iniciaram no alvorecer, porque terão que se desdobrar afanosamente, mas receberão aquilo que lhes cumpre receber.
Jesus muito espera do servo fiel.
Permaneçamos fiéis ao Cristo. Não tenham receio. Caminhem. Caminhem com entusiasmo, com ânimo, de olhos voltados para o futuro, para o amanhã que não tarda, para este sol radioso que lhes ilumina desde agora, como ilumina a todos esses dos grupos, esses núcleos que surgem, que já estão no labor, as Casas que já têm uma folha de serviços de dezenas de anos – e que todos juntos formem no nosso grandioso Movimento Espírita.
Que pode apresentar falhas, sim, e apresenta, mas que na verdade está expressando o Ideal Maior da Doutrina Espírita, aquele que Allan Kardec veio trazer e que hoje se faz nas Terras do Cruzeiro como uma realidade abençoada.
Caminhemos juntos, unidos, com amor, com fraternidade, com tolerância. O mestre está à nossa espera.
Filhos queridos estejam em paz, estejam confiantes e permaneçam unidos .
O amor do Cristo nos constrange.
Que possamos um dia, como Paulo de Tarso, dizer: “Trazemos as marcas do Cristo.”
Que importa, portanto, o mundo lá fora? Jesus sabe e nos conhece.
Que essas marcas possam realmente representarem o nosso distintivo, um emblema do trabalhador fiel, do servo fiel.
Jesus nos abençoe e nos guarde na Sua paz.



Mensagem psicofônica recebida pelo médium Suely Caldas Schubert, na noite de 16/06/1993, por ocasião da solenidade de eleição e posse da Primeira Diretoria do IELD, na cidade de Juiz de Fora – MG, do benfeitor espiritual Eurípedes Barsanulfo.

Aos trabalhadores espíritas

Todo conhecimento superior que se adquire visa ao desenvolvimento moral e espiritual do ser. No que diz respeito às conquistas imortais, a responsabilidade cresce na razão direta daquilo que se assimila. Ninguém tem o direito de acender uma candeia e ocultá-la sob o alqueire, quando há o predomínio de sombras solicitando claridade.

A consciência esclarecida, portanto, não se pode omitir quando convidada ao serviço de libertação da ignorância de outras em aturdimento. Somos células pulsantes do organismo universal, e quando alguém está enfermo, debilitado, detido no cárcere do desconhecimento, o seu estado se reflete no conjunto solicitando cooperação. Jesus é o exemplo dessa solidariedade, porque jamais se escusou, nunca se deteve, avançando sempre e convidando todos aqueles que permaneciam na retaguarda para segui-Lo. Esse é o compromisso do ser inteligente na Terra e no Espaço: socorrer em nome do amor os irmãos que se detêm ergastulados no erro, no desconhecimento, na dor… 

A Humanidade, desde priscas Eras, tem recebido a iluminação que verte do Alto. Nunca faltaram os missionários do Bem e da Verdade conclamando à ascensão, à superação das imperfeições morais. Em época alguma e em lugar nenhum deixou de brilhar a chama da esperança em nome de Nosso Pai, que enviou os Seus apóstolos ao Planeta, a fim de que todas as criaturas tivessem as mesmas chances de auto-realização e de crescimento interior. Todos eles, os nobres Mensageiros da Luz, desempenharam as suas atividades em elevados climas de enobrecimento e de abnegação, que deles fizeram líderes do pensamento de cada povo, de todos os povos.

Foi, no entanto, Jesus, quem melhor se doou à Humanidade, ensinando pelo exemplo e dedicação até à morte, e oferecendo carinho até hoje, aguardando com paciência infinita que as Suas ovelhas retornem ao aprisco. Apesar das Suas magníficas lições, o ser humano alterou o rumo da Sua proposta de lídima fraternidade, promovendo guerras de extermínio, elaborando castas separatistas, elegendo ilusões para a conquista do reino terrestre… Sabendo, por antecipação, dessa peculiaridade da alma humana, o Mestre prometeu o Consolador que viria para erguer em definitivo os combalidos na luta, permanecendo com as criaturas até o fim dos tempos…

E o Consolador veio. Ao ser apresentado no Espiritismo, surgiram incontáveis possibilidades de edificação humana, pelo fato de a Doutrina abarcar os vários segmentos complexos e profundos da Ciência, da Filosofia e da Religião, contribuindo em todas as áreas do conhecimento e da emoção para o desenvolvimento dos valores eternos e a conseqüente consolidação do reino de Deus na Terra. Expandindo-se a Codificação kardequiana, as multidões esfaimadas de paz e atormentadas por vários fatores, acercaram-se e continuam abeberando-se na fonte generosa e rica, para serem atendidas, sorvendo os seus sábios ensinamentos.
Quando, porém, deveriam estar modificados os rumos convencionais e estabelecidos a fraternidade, a solidariedade, a tolerância, o trabalho de amor na família que se expande, começam a surgir desavenças, ressentimentos, conflitos, campanhas de perturbação e ataques grosseiros, repetindo-se as infelizes disputas geradas pelo egoísmo e pela vã cegueira das paixões dissolventes, conforme ocorreu no passado com o Cristianismo, destruindo a sementeira ainda não concluída e ameaçando a ceifa que prometia bênçãos. Espíritos uns, possuídos pelo desejo de servir, mergulham no corpo conduzindo expectativas felizes para ampliar os horizontes do trabalho digno, mas vítimas de si mesmos e do seu passado sombrio, restabelecem as vinculações enfermiças, tombando nas malhas bem urdidas de obsessões cruéis, vitimados e perdidos… Outros mais, que deveriam ser as pontes luminosas para o intercâmbio entre as duas esferas vibratórias, açodados na inferioridade moral, comprometem-se com os vícios dominantes no mundo e desertam das tarefas redentoras…

Diversos outros ainda, preparados para divulgar o pensamento libertador, deixam-se vencer pelo bafio do egoísmo e do orgulho que deveriam combater, tornando-se elementos perturbadores, devorados pela ira fácil e dominados pela presunção geradora de ressentimentos e de ódios… A paisagem, que deveria apresentar-se irisada pela luz do amor, torna-se sombreada pelos vapores da soberba e do despautério, tornando-se palco de disputas vis e de promoções doentias do personalismo, longe das seguras diretrizes do legítimo pensamento espírita… Que estão fazendo aqueles que se comprometeram amar, ajudar-se reciprocamente, fornecendo as certezas da imortalidade do Espírito e da Justiça Divina? Enleados pelos vigorosos fios da soberba e da presunção, crêem-se especiais e dotados com poderes de a tudo e a todos agredir e malsinar.

Como conseqüência dessa atitude enferma estão desencarnando muito mal, incontáveis trabalhadores das lides espíritas que, ao inverso, deveriam estar em condições felizes. O retorno de expressivo número deles ao Grande Lar tem sido doloroso e angustiante, conforme constatamos nas experiências vivenciadas em nossa Esfera de atividade fraternal e caridosa… O silêncio em torno da questão já não é mais possível. Por essa razão, anuímos que sejam trombeteadas as informações em torno da desencarnação atormentada de muitos servidores da Era Nova em direção aos demais combatentes que se encontram no mundo, para que se dêem conta de que desencarnar é desvestir-se da carne, libertar-se dela e das suas vinculações, porém, é realidade totalmente diversa e de mais difícil realização.

Felizmente nos confortam o testemunho de inúmeros heróis do trabalho, os permanentes exemplificadores da caridade, a constância no bem pelos vanguardeiros do serviço dignificante, os ativos operários da mediunidade enobrecida e dedicada ao socorro espiritual, os incansáveis divulgadores da verdade sem jaça e sem prepotência que continuam no ministério abraçado em perfeita sintonia com as Esferas Elevadas de onde procedem.

 
Quem assume compromisso com Jesus através da Revelação Espírita, não se pode permitir o luxo de O abandonar na curva do caminho, e seguir a sós, soberbo quão dominador, porque a morte o aguarda no próximo trecho da viagem e o surpreenderá conforme se encontra, e não, como se dará conta do quanto deveria estar melhor mais tarde.

A transitoriedade da indumentária física é convite à reflexão em torno dos objetivos essenciais da vida que, a cada momento, altera o rumo do viajante de acordo com o comportamento a que se entrega. Ninguém se iluda, nem tampouco iluda aos demais. A consciência, por mais se demore anestesiada, sempre desperta com rigor, convidando o ser ao ajustamento moral e à regularização dos equívocos deixados no trajeto percorrido. 

Todos quantos aqui nos encontramos reunidos, conhecemos a dificuldade do trânsito físico, porque já o vivenciamos diversas vezes, e ainda o temos vivo na memória e nos testemunhos a que fomos convocados. Ninguém esteve na Terra em regime de exceção. Apesar disso, bendizemos as dificuldades e as provas que nos estimularam ao avanço e à conquista da paz.

Provavelmente, estas informações, quando forem conhecidas por muitos correligionários, serão contraditadas e mesmo combatidas. Nunca faltam aqueles que se entregam à zombaria e à aguerrida oposição. Os seus estímulos funcionam melhor quando estão contra algo ou alguém. Não nos preocupamos com isso. Cumpre-nos, porém, o dever de informar com segurança, e o fazemos com o pensamento e a emoção direcionados para a Verdade. Como os reencarnados de hoje serão os desencarnados de amanhã, e certamente o inverso acontecerá, os companheiros terrestres constatarão e se cientificarão de visu. Jamais nos cansaremos de amar e de servir, tentando seguir as luminosas pegadas de Jesus, que nos assinalou com sabedoria: Muitos serão chamados e poucos serão escolhidos. Sem a pretensão de sermos escolhidos, por enquanto apenas pretendemos atender-Lhe ao sublime chamado para o Seu serviço entre as criaturas humanas de ambos os planos da vida.

(E Eurípedes Barsanulfo encerra sua mensagem aos espíritas com esta emocionante prece)
 Amantíssimo Pai, incomparável Criador do Universo e de tudo quanto nele pulsa!
 Tende compaixão dos vossos filhos terrestres, mergulhados nas sombras densas da ignorância e do primarismo em que se demoram.

A vossa excelsa misericórdia tem-se consubstanciado em lições de vida e de beleza em toda parte, convidando-nos, estúrdios que somos, ao despertamento para a vossa grandeza e sabedoria infinita. Não obstante, continuamos distraídos, distantes do dever que nos cabe atender.

Apiedai-vos da nossa pequenez e deixai-nos sentir o vosso inefável amor, que nos rocia e quase não é percebido, a fim de alterarmos o comportamento que vimos mantendo até este momento.

Enviaste-nos Jesus, o inexcedível Amigo dos deserdados e dos infelizes, depois de inumeráveis Mensageiros da Luz, ouvimos-Lhe a voz, sensibilizamo-nos com o Seu sacrifício, no entanto, desviamo-nos do roteiro que Ele nos traçou e continua apontando.  Tombando, porém, no abismo, por invigilância e leviandade, tentamos reerguer-nos várias vezes, e nos ajudastes por compaixão, sem que essa magnanimidade alterasse por definitivo nossa maneira de ser durante os séculos transatos.

Permitistes que Allan Kardec mergulhasse no corpo, a fim de desmonstrar-nos a imortalidade da alma, quando campeava a descrença e a cegueira em torno da Vossa Majestade, e também nos fascinamos com o mestre lionês. Logo depois, porém, eis-nos perdidos no cipoal dos conflitos a que nos afeiçoamos, experimentando sombra e dor, esquecidos das diretrizes apresentadas.

No limiar da Nova Era que se anuncia, permiti que vossa luz imarcescível nos clareie por dentro, libertando-nos de toda treva e assinalando-nos com o discernimento para vos amar e vos servir com devotamento e abnegação.
Excelso Genitor, tende piedade de nós, favorecendo-nos com o entendimento que nos ajude a eliminar o mal que ainda se demora em nós, desenvolvendo o bem que nos libertará para sempre da inferioridade que predomina em a nossa natureza espiritual.
Sede, pois, louvado, por todo o sempre, Venerando Pai!

Esta mensagem, de autoria de Eurípedes Barsanulfo, foi extraída do livro Tormentos da obsessão, ditado pelo espírito Manoel P. de Miranda ao médium Divaldo Pereira Franco (Livraria Espírita Alvorada, 2001, p. 316/323).  Narra Manoel P. de Miranda que a mensagem foi endereçada aos trabalhadores espíritas, na casa de Barsanulfo, em uma reunião fraternal, na comunidade dirigida pelo mesmo, onde existem algumas organizações dedicadas à educação, como o Educandário Allan Kardec, e ao tratamento dos problemas da alma, como o Hospital Esperança.

Semear o Bem

Aquele que grafa uma página edificante, semeia um bom exemplo, educa uma criança, fornece um apontamento confortador, entretém uma palestra nobre ou estende uma dádiva, recolherá, cem por um, todos os grãos de amor que lançou na sementeira do Eterno Bem, laborando com a Vida para a alegria sem fim.


Eurípedes Barsanulfo
Psicografia de Chico Xavier. Do livro Caminho Espírita

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Novas Responsabilidades

Filhos da alma: que Jesus nos abençoe.

O século XXI continua guindado à mais alta tecnologia desbravando os infindáveis horizontes da ciência.

Antigos mistérios do conhecimento são desvelados. Enigmas, que permaneciam incompreensíveis, são decifrados e o materialismo sorri zombeteiro das mensagens sublimes do amor.

Paradoxalmente, os avanços respeitáveis dessas áreas do intelecto não lograram modificar as ocorrências traumáticas que têm lugar no orbe, na atualidade. No auge das conquistas das inteligências, permanecem as convulsões sociais unidas às convulsões planetárias no momento da grande transição que passa a Terra amada por todos nós.

De um momento para outro, uma erupção vulcânica arrebenta as camadas que ocultam o magma, e as cinzas – atiradas acima de 10 mil metros da superfície terrestre – modificam toda a paisagem europeia ameaçando as comunicações, a movimentação, enquanto se pensa em outras e contínuas erupções que podem vir assinaladas por gases venenosos ou por lava incandescente... Fenômenos de tal monta podem ser detectados, mas não impedidos, demonstrando que a vacuidade da inteligência não pode ultrapassar a sabedoria das leis cósmicas estabelecidas por Deus.

E Gaia – a grande mãe planetária– estorcega, enquanto na sua superfície a violência irrompe em catadupas, ameaçando a estabilidade da civilização: política, econômica, social e, sobretudo, moral, caracterizando estes como os dias das antigas Sodoma e Gomorra das anotações bíblicas...

Poder-se-ia acreditar que o caos seria a conclusão final inevitável, entretanto, a barca terrestre que singra os horizontes imensos do cosmo não se encontra à matroca.

Jesus está no leme e os Seus arquitetos divinos comandam os movimentos que lhe produzem alteração da massa geológica, enquanto se operam as transformações morais.

Iniciada a era nova, surge, neste mesmo século XXI, o período prenunciador da paz, da fé religiosa, da arte e da beleza, do bem e do dever.

Assinalando esse período de transformação estamos convidados, encarnados e desencarnados, a contribuir em favor do progresso que nos chega de forma complexa, porém bem direcionada.

Avancemos com as hostes do Consolador na direção do porto do mundo de regeneração.

Sejam os nossos atos assinalados pelos prepostos de Jesus, de tal forma que se definam as diretrizes comportamentais.

...E que todos possam identificar-nos pela maneira como enfrentaremos dissabores e angústias, testemunhos e holocaustos, à semelhança dos cristãos primitivos que viveram, guardadas as proporções, período equivalente, instaurando na Terra o Evangelho libertador, desfigurado nos últimos dezessete séculos, enquanto, com Allan Kardec, surgiu o Consolador trazendo-nos Jesus de volta.

É compreensível, portanto, que os Espíritos comprometidos com o passado delituoso tentem implantar a desordem, estabelecer o desequilíbrio das emoções para que pontifique o mal, na versão mitológica da perturbação demoníaca. Em nome da luz inapagável daqueles momentosos dias da Galileia, particularmente durante a sinfonia incomparável das bem-aventuranças, demonstremos que a nossa é a força do amor e as nossas reflexões no mundo íntimo trabalham pela nossa iluminação.

Nos dias atuais, como no passado, amar é ver Deus em nosso próximo; meditar é encontrar Deus em nosso mundo íntimo, a fim de espargir-se a caridade na direção de todas as criaturas humanas.

Trabalhar, portanto, o mundo íntimo, não temer quaisquer ameaças de natureza calamitosa através das grandes destruições que fazem parte do progresso e da renovação, ou aquelas de dimensão não menos significativa na intimidade doméstica, nos conflitos do sentimento, demonstrando que a luz do Cristo brilha em nós e conduz-nos com segurança.

A Eurásia, cansada de tantas guerras, de destruição, da cegueira materialista, dos contínuos holocaustos de raças e de etnias, de governos arbitrários e perversos, clama por Jesus, como o mundo todo necessita de Jesus. Seus emissários, de Krishna a Bahá’u’lláh, de Moisés a Allan Kardec, de Buda aos peregrinos da não violência, de Maomé aos pacificadores muçulmanos, todos esses, ministros de Jesus, preparam-lhe, através dos milênios, o caminho para que através do Consolador – mesmo sem mudanças de diretrizes filosóficas ou religiosas – predomine o amor.

Sejam celebradas e vividas a crença em Deus, na imortalidade, nas vidas ou existências sucessivas, fazendo que as criaturas deem-se as mãos construindo o mundo de regeneração e de paz pelo qual todos anelamos...

Jesus, meus filhos, ontem, hoje e amanhã, é a nossa bússola, é o nosso porto, é a nave que nos conduz com segurança à plenitude.

Porfiai no bem a qualquer preço. Uma existência corporal, por mais larga, é sempre muito breve no relógio da imortalidade. Semeai, portanto, hoje o amor, redimindo-vos dos equívocos de ontem com segurança, agora, na certeza de que estes são os sublimes dias da grande mudança para melhor.

Ainda verteremos muito pranto, ouviremos muitas profecias alarmantes, mas a Terra sairá desse processo de transformação mais feliz, mais depurada, com seus filhos ditosos rumando para mundo superior na escalada evolutiva.

Saudamo-vos a todos os companheiros dos diversos países aqui reunidos, e em nome dos Espíritos que fazem parte da equipe do Consolador, exoramos ao Mestre inolvidável que prossiga abençoando-nos com Sua paz, na certeza de que com Ele – o amor não amado – venceremos todos os obstáculos.

Muita paz, filhos da alma e que Jesus permaneça conosco.

São os votos do servidor paternal e humílimo de sempre,

Bezerra de Menezes